terça-feira, 2 de agosto de 2011

O GAUCHINHO QUE VIAJOU PELA HISTÓRIA


Era uma vez um gauchinho que descobriu uma Máquina do Tempo. E para funcionar ela não precisava de pilhas nem de gasolina, ela funcionava a vento. Quando estava ligada a Máquina do Tempo fazia o vento ventar para trás, tão forte que levava o gauchinho voando para outros ares, como diziam os antigos, para muitos anos atrás.
Onde o gauchinho mora o vento se chama Minuano. Quando ele voou pela primeira vez com a Máquina do Tempo caiu em um campo muito plano que hoje se chama Pampa. Lá ele encontrou uma índia da tribo dos Minuanos, que muito tempo antes dos europeus chegarem na América, já habitavam os pampas. Como nos pampas venta muito e o gauchinho esqueceu de desligar a máquina, foi levado pelos tempos sem conseguir conversar com a índia e caiu em uma praia. Uma praia tão grande, mas tão grande, que para nenhum lado o gauchinho via o fim da praia! Era a praia onde alguns europeus fundaram uma cidade que se chamaria Rio grande. Como nesta praia também ventava muito, de novo a Máquina do Tempo fez o gauchinho viajar pelos ares com os ventos.
Dessa vez o gauchinho surgiu em um lugar muito diferente. Era uma grande aldeia de índios Guaranis, que além de tocarem flautas, tomavam chimarrão. No meio da aldeia tinha uma grande igreja e os padres falavam espanhol. De repente surgiu um índio chamado Sepé Tiarajú e avisou a todos que os portugueses iriam atacar com as suas espadas, pois não queriam mais que eles vivessem ali. Com medo o gauchinho correu, correu, correu, até fazer vento para sua máquina funcionar! E adivinhe o que aconteceu?
Parou em oura guerra! Era a Revolução Farroupilha, onde os gaúchos lutavam entre si. O gauchinho fugiu e se escondeu atrás de uma carroça enquanto os balaços passavam por cima de sua cabeça. Lá havia dois soldados. Um lhe falou para se proteger, pois precisava ajudar a lutar contra o Governo Imperial quando crescesse, pois a guerra já durava muitos anos. O outro soldado falou que era escravo e que lhe prometeram liberdade se lutasse na guerra. Do horizonte veio uma grande e forte tempestade que escureceu o dia e espantou os combatentes. O gauchinho aproveitou estes novos ventos e voou de lá antes que se machucasse.
Apareceu uma linda praça, em uma manhã de céu azul, ao lado de um poeta chamado Mário Quintana. O gauchinho disse para o poeta que estava viajando na história e tinha visto muitas guerras, então queria ouvir uma poesia bem bonita. Então Mário Quintana recitou: “ Eles passarão, eu passarinho.”
Todos os amigos de Mário Quintana que paravam na praça para conversar contavam muitas histórias, normalmente era sobre política. Disseram que havia muitos chimangos e maragatos. Falaram também sobre alguns gaúchos que entraram para a história como políticos como Getúlio Vargas, que era o Pai dos Pobres, o Luís Carlos Prestes, que era o Cavaleiro da Esperança e o Leonel Brizola que lutou contra uma ditadura, pois representava os cidadãos que queriam democracia.
Na última viagem o gauchinho aterrissou no feriado de 20 de setembro, na Semana Farroupilha. Lá em pleno século XXI, os gaúcho e gaúchas comemoram sua memória e sua história, além se cultivarem suas tradições e seus costumes. Que bom! Pois ainda deu tempo de nadar a cavalo e de comer churrasco junto com tanta gente e no meio de tanta história!

Autor: Laurence W. Gonçalves

Responda no caderno as questões abaixo:

1. Quem é o personagem principal da história?
2. O que a Máquina do Tempo precisava para funcionar?
3. Como se chama o vento onde o gauchinho mora? Pesquise na Internet sobre esse vento e escreva sobre ele:
4. O que ele encontrou no Pampa?
5. Como é a Praia de Rio Grande?
6. Como eram os índios Guaranis? Se tens dúvida, pesquise na Internet:
7. O gauchinho foi parar na Revolução Farroupilha. O que foi essa revolução?
8. Na viagem o gauchinho conheceu o poeta Mário Quintana. Procure uma poesia dele e escreva no caderno:
9. Se você encontrasse uma Máquina do Tempo onde gostaria de ir? Por quê?
10. Faça um desenho sobre as aventuras do gauchinho:

Nenhum comentário:

Postar um comentário